A VERTICALIZAÇÃO URBANA
A máxima de que quanto maior a altura, maior é a queda pode se tornar bem verdadeira segundo as projeções atuais. Tão alto quanto os super-edifícios, deverá ser a idéia de que são seguros, tal qual a demonstração do primeiro elevador construído por Elisha Otis. Cria-se uma outra máxima de que quanto maior a altura, melhor é a vista. Para cada dezena de metros que se distancia do chão, igual ou maior empenho deve se dar à idéia de que a queda é improvável. Talvez não esta queda física que já temos presenciado nos onze de setembro do mundo, mas a queda interna do ser humano que aceita e deseja se subjugar aos ditames da verticalidade e superficialidade. Viver acima de alguns planos tem se tornado o mais artificial dos modos de vida, mas com a roupagem da naturalidade - tanto no amplo quanto no estrito sentido da palavra.
Interessante é imaginar que se a lógica capital é de exclusão, concentração de poder e riqueza, onde ou em que espaço se depositará a maioria marginalizada? Talvez não mais em favelas. Filmes até bem antigos já mostravam algumas tendências ao subsolo, ao subterrâneo...
Interessante é imaginar que se a lógica capital é de exclusão, concentração de poder e riqueza, onde ou em que espaço se depositará a maioria marginalizada? Talvez não mais em favelas. Filmes até bem antigos já mostravam algumas tendências ao subsolo, ao subterrâneo...
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